sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Vai ficar tudo bem?

No caminho habitual para o cursinho hoje, eu vi uma árvore de natal em frente a uma loja, piscando e brilhando com todos aqueles enfeites natalinos. De repente, senti um medo que me asfixiou por alguns minutos, fazendo tudo ao redor entrar em slow motion.

Foi tudo tão depressa e repentino que pareceu um soco no estômago. O ano mais uma vez chega ao fim, e ultimamente tenho vivido num beco escuro onde sou obrigada a tatear para sobreviver. Aquela árvore de natal foi um presságio do final do ano e de toda a espera, ou não, para um monte de coisas. Naquele mesmo lugar há um ano, eu vivia a felicidade como devia ser, e lá estava eu de novo, agora com essa covarde vontade de continuar.

Imagine-se num palco, debaixo de holofotes tão intensos que não há maneira de enxergar a platéia, e a tensão de estar ali vai consumindo cada pedaço da sua imaginação de maneira desastrosa, o medo de falhar e decepcionar as pessoas é constante, e você tenta se refugiar na esperança que algumas felizes lembranças lhe trazem, porém rapidamente tudo enegrece e você entende que ninguém faz o presente de passado.

Eu estou com medo. Eu transpiro medo. Tenho mais medo de fazer as pessoas infelizes do que fracassar. Quando penso que existe refúgio no sono, onde vai haver sonhos tranqüilizadores, pesadelos repetidos não me deixam dormir. Tenho interrogações e exclamações que me causam espinhas, ansiedade, estresse, queda capilar. Sinto saudade de tanta coisa ao mesmo tempo, inclusive do dia de ontem. Já sinto a ausência de pessoas que eu sei que ficarão longe. Queria correr de volta no tempo e dizer para aquela menina de 9 anos que sonhava em ter 14 para acreditar quando as pessoas diziam que o tempo não perdoa, e que em segundos, ela já estaria com 17 anos e uma insegurança corrosiva no peito.

A música que toca enquanto eu escrevo isso, diz “Live, live, live, Live because you love, love love, and love will make you give, give, give, and give in when you break, but you just want to fix yourself just to break again”. O amor abundante dentro de mim tem me surrado os sonhos e vontades, e agora, eu realmente não sei o que fazer.

Vou vivendo e me quebrando e me consertando de novo até não ter mais jeito.
I'm sorry if you didn't understand the things I said, I'm just a confused person, not a writer.
Báh.

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