sábado, 1 de janeiro de 2011

Vou tocar fogo em você, que tal?

"Cause baby, you're a firework". Sério que eu disse isso no post de ano novo? Desculpe, foi minha efusão festiva falando. Bem, se eu fosse fogos de artifício, minha mãe me odiaria profundamente, meu pai me usaria como argumento para implicar com ela e eu acabaria seria sempre motivo de discussão aqui em casa.

Nada contra fogos de artifício, juro. Acho até bonito na verdade. Só não gosto daquele barulho horroroso que faz... Se um dia inventarem fogos de artifício silenciosos, pode me chamar para ver que eu vou sorrindo. Quer saber?! Depois de ontem, eu odeio fogos de artifício.

Todo ano é a mesma coisa. Mamãe diz que não quer, papai diz que não compra. Ele acaba comprando, ela fica puta da vida na virada do ano, e sobra para mim, apaziguar o clima. E quer saber mais? Meus vizinhos são completamente sem-noção. Onde já se viu soltar fogos no Natal, cacete? Porra, só pode estar de sacanagem com a minha cara, juro.

A lógica do Natal consiste em fazer a ceia, brindar e então, crianças vão para suas camas acreditando que Papai Noel passará na árvore e deixará presente... SÓ QUE essa idéia assume um fim brutal, quando o destino trágico do velho Noel é pegar fogo no chão, já que fogos de artifício atingiram seu trenó, queimando ele, os presente e as renas (Pobre Rudolf!). Morte ao Velho Noel.

E não pára por aí. As crianças conseguem dormir depois? CLARO QUE NÃO! E aí meus amigos, se foda a tradição natalina. Que já fora comemorada pelos motivos certos há milhões de anos. Uma época em que as pessoas sabiam que Natal significa... Perdão, SIGNIFICAVA o aniversário de Jesus. Hoje, Natal significa beber, comer horrores, dar trabalho para os familiares de tão bêbado, soltar fogos (?), e por aí vai. Aliás, eu não sou nenhuma beata fervorosa, mas consta aqui que fico fora de mim com esse ato babaca que é soltar fogos no Natal. 

É fato que eu nunca realmente acreditei no Noel, mas sou exceção, afinal eu fui uma criança precoce e meus pais nunca souberam mentir. Mas eu tomo as dores das crianças que acreditam, entendem. Fogos de artifício destroem minhas festas de fim de ano, a imaginação de crianças inocentes, a casa de alguém que deve ter pegado fogo por causa deles, e agora, conseguiram fuder meu espírito natalino, que já não andava lá animadinho nos últimos três anos.

No Ano Novo, está tudo bem. Soltem os fogos, mas em lugares apropriados para serem soltos, por favor. Quando as casas estão tão próximas quanto aqui na minha rua, NÃO DÁ! Sempre tem um vizinho depois que vai à sua casa dizer que você quebrou a telha da casa dele soltando essa droga, mesmo que você não tenha. Você gosta de fogos? Vá para alguma parte da cidade que, com absoluta certeza, disponibilizará uma solta de fogos à meia noite sem incomodar ninguém, cacete.

E outra, soltar fogos às seis da manhã do dia 01 de Janeiro é coisa de gente estúpida. Se você vai queimar fogos em casa, solte tudo de uma vez à meia noite. Depois disso, acredite ou não, existe gente que às seis da manhã pretende acordar calmamente e começar o ano bem, e não ir dormir bêbado, ao contrário de você, seu perdido.

Eu não tenho nada contra os fogos em si, até por que, ainda os acho bonito. Sou contra quem os solta de forma irresponsável, sem saber a hora de fazê-lo, como fazê-lo e estressando todo o ambiente ao seu redor.

1 comentários:

Gabriel O. disse...

Fogos de artifício podem ter sido a causa da morte de 5 mil pássaros nos EUA no Revéillon, por estresse. (segundo o Jornal Hoje)

Só pra ter idéia de como essa porra é chata, ainda mais quando você está ouvindo a sua música e o povo começa a soltar e fazem aquele barulho horroroso.
Adorei o post, eu ri imaginando o Rudolf pegando fogo. *sousádico* :D