domingo, 7 de agosto de 2011

Repeat.

Talvez fossem os alargadores de 8 mm, que lhe caíam tão bem. Ou aquele cabelo liso, que lembrava vagamente The Beatles em início de carreira. Os óculos, definitivamente. Emolduravam tão bem o rosto dele. Ou terá sido o sorriso, vezes tenso, vezes solto, entre aquele par de bochechas gordinhas e rosadas? Mas espere, tinha também aquele pomo de Adão... Era um ponto fraco de Marina. Não podia esquecer do fato de que, morando onde morava, as chances de encontrar alguém com gostos musical e cinematográfico tão absurdamente compatíveis eram mínimas. Ele já podia ser considerado um milagre.

Bem, ainda que com tudo o que já tinha, gostara mesmo foi do nome dele, e também daquele sobrenome que achou soar um tanto romântico, escritos em exatos 1,70 de altura. Paixão por qualquer um mais alto que ela mesma, que não chegava no 1,62 de altura.

Bastava conhecê-lo. Apenas isso.
Antes disso, lá se fora ela desistir mais uma vez.

E perguntou o inconsciente: "Mas Marina, e a felicidade, como fica, meu bem?"

Fim.

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